Continuam rasgando nosso passado...
sábado, 18 de setembro de 2010
Thomas Bruno Oliveira*
Muito se tem discutido e escrito sobre o Patrimônio Histórico de nossas cidades paraibanas ultimamente, particularmente tenho escrito sobre o assunto há meses sem que as atividades de destruição e demolição cessem.
Nesta semana, recebemos uma informação do Presidente do IHGC (Instituto Histórico e Geographico do Cariri) em forma de denúncia, informava este pesquisador e entusiasta da cultura e história da Paraíba que a antiga Fábrica de Óleo Medeiros Cirne, localizado na confluência entre a Av. Getúlio Vargas e a Rua Duque de Caxias, está sendo demolida (observem as imagens).
Tendo igual destino, temos mais uma casa em estilo Neoclássico na Rua Irineu Jóffily (descendo a rua, ao lado do colégio Motiva).
A chaminé da Caranguejo, uma das três últimas que testemunham a primeira etapa de industrialização da cidade, está em processo de conclusão de desmonte, desmonte dos signos do passado campinense. Os gestores públicos e parte da sociedade acredita na vocação que Campina Grande possui para o futuro, cidade vanguarda, como está escrito em seu brasão de armas “Solum inter plurima” (única entre muitas) e assim, exalta-se a condição de cidade que está no esteio do progresso. Será esta a dor e a delícia de ser campinense?
Por outro lado, este progresso vem com um alto custo. Não ter referentes do que (se) “foi” é esquecer sua história, vemos Campina Grande como uma cidade sem signos que identificam-na com marcas de várias historicidades. “Somos o país do futuro”, a cidade do futuro mas o que estamos fazendo no presente com o nosso passado?
* Sócio da SPA e IHGC
Muito se tem discutido e escrito sobre o Patrimônio Histórico de nossas cidades paraibanas ultimamente, particularmente tenho escrito sobre o assunto há meses sem que as atividades de destruição e demolição cessem.
Nesta semana, recebemos uma informação do Presidente do IHGC (Instituto Histórico e Geographico do Cariri) em forma de denúncia, informava este pesquisador e entusiasta da cultura e história da Paraíba que a antiga Fábrica de Óleo Medeiros Cirne, localizado na confluência entre a Av. Getúlio Vargas e a Rua Duque de Caxias, está sendo demolida (observem as imagens).
Tendo igual destino, temos mais uma casa em estilo Neoclássico na Rua Irineu Jóffily (descendo a rua, ao lado do colégio Motiva).
A chaminé da Caranguejo, uma das três últimas que testemunham a primeira etapa de industrialização da cidade, está em processo de conclusão de desmonte, desmonte dos signos do passado campinense. Os gestores públicos e parte da sociedade acredita na vocação que Campina Grande possui para o futuro, cidade vanguarda, como está escrito em seu brasão de armas “Solum inter plurima” (única entre muitas) e assim, exalta-se a condição de cidade que está no esteio do progresso. Será esta a dor e a delícia de ser campinense?
Por outro lado, este progresso vem com um alto custo. Não ter referentes do que (se) “foi” é esquecer sua história, vemos Campina Grande como uma cidade sem signos que identificam-na com marcas de várias historicidades. “Somos o país do futuro”, a cidade do futuro mas o que estamos fazendo no presente com o nosso passado?
* Sócio da SPA e IHGC