MINICURSO DE ARQUEOLOGIA EXPERIMENTAL NA VI SEMANA DE HUMANIDADES DA UEPB
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Juvandi
de Souza Santos e Dennis Mota Oliveira
A Arqueologia Experimental consiste em reproduzir no
presente, mas fazendo uso dos mesmos materiais utilizados em tempos ptretéritos,
artefatos que representam a cultura material de um grupo humano, ou mesmo, os
meios utilizados para a comunicação pictórica.
Foi pensando
em entender todo o processo (cadeia operatória) da fabricação de utensílios
feitos de pedra, confecção de gravuras rupestres, artefato de barro etc., que durante a VI Semana de
Humanidades da UEPB, na cidade de Guarabira, Paraíba, Brasil, que o Prof.
Juvandi de Souza Santos juntamente com o artista plástico Dennis Mota,
elaboraram o minicurso/oficina para trabalharem a questão de como se fazia, por
exemplo, uma gravura rupestre no período da Pré-História.
O
minicurso/oficina foi dividido em três momentos, a saber: 1. Parte teórica em
que foi mostrado aos participantes a importância em se reproduzir a cadeia operatória da confecção de certos
objetos, bem como, a importância da experiência científica; 2. No segundo
momento foi explicado como os grupos humanos do passado procuravam seus
materiais, como trabalhavam e para que produziam objetos; 3. Por último, os participantes
confeccionaram gravuras rupestres, apontadores/furadores, prática de polimento
e um machado lítico, usando os mesmos objetos e técnicas do passado.
Como
resultado dessa notável experiência científico-arqueológica, foi produzido
pelos alunos: uma gravura rupestre gravada em rocha suporte gnáissica
utilizando para isso pequenos seixos de quartzo; um excelente machado lítico
também em gnaisse (maçado de cinta), utilizando-se pequenos blocos de
quartzo; furadores e outras pequenas
peças em quartzo, além de praticarem a técnica do polimento de um bloco de
gnaisse. Todo esse material produzido encontra-se na sala do Departamento de
História, no campus III da UEPB, em Guarabira.
O
minicurso/oficina serviu de ilustração e experiência para que nossos futuros
professores possam desmistificar em suas futuras salas de aula que, por
exemplo, as gravuras da Itacoatiara do Ingá não foram confeccionadas por “SERES
EXTRATERRESTRES”, nem tampouco os machados líticos (de pedra) não são faíscas
de raios que caem do céu em dias de trovoadas.